O fabricante está a comercializar uma oferta de software de gestão em cloud computing à escala mundial, num reforço da sua estratégia de internacionalização.
A grande aposta de internacionalização da PHC será na plataforma de cloud computing PHC FX, de acordo com o seu administrador Miguel Capelão. O objectivo é tornar a marca global, suportada na disponibilização de software de CRM, de gestão documental e gestão projectos, como um serviço.
São, na visão do fabricante, plataformas que exigem menos esforço de localização, ao contrário do software de gestão inicialmente disponibilizado em cloud computing. O responsável lembra que as versões do software têm de ser diferentes, particularmente nas funcionalidades.
E revela que até têm emergido parceiros apenas dedicados à cloud computing. Outros comercializam a oferta de forma separada. Segundo o executivo, esta estratégia tem a ver com um momento de transição, muito embora o fabricante acredite num modelo de cloud computing híbrido para os seus clientes.
A PHC ainda não tem os resultados de 2011 apurados. Mas tanto o seu director – geral Ricardo Parreira, como o referido administrador confirmam que o exercício fiscal não registou crescimento: a não ser nas exportações, no número de clientes – mais 1800 –, e de utilizadores – mais 6600. Na sua avaliação de Miguel Capelão, as empresas fizeram um “compasso de espera” no seu ciclo de investimento. Em parte devido à conjuntura económica, e talvez na perspectiva de adoptarem mais tarde uma solução de cloud computing. Por isso o crescimento do número de clientes, não se reflectiu nas vendas porque eles “compraram menos”.
Face ao cenário, a estratégia da empresa para 2012 deverá dar mais atenção aos mercados externos. Nessa área distinguiram-se em 2011 as operações de Espanha (especialmente Madrid e Galiza) e de Moçambique, segundo Capelão.
“Angola é uma mercado mais complicado e deveremos fazer uma reestruturação para melhorar a imagem da empresa, no campo do suporte”, diz o administrador. Moçambique é um território onde a empresa tem registado “um crescimento mais sustentado”. E sobre o mercado da região da Galiza, o responsável diz haver significativa procura, e afinidade com Portugal.
De resto, para a PHC, o ano será de consolidação de várias áreas, tentando manter o mesmo nível de facturação, e “sem sobressaltos”. Miguel Capelão revela que a empresa conseguiu melhorar a estrutura de custos em 2011, especialmente com uma forte reorganização de processos. E esta resultou numa política de controlo orçamental com bons resultados.
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